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Niepoort Vertente 2021

Ano
€15.45
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92 pontos Robert Parker

The Wine Advocate
RP 92
Luis Gutiérrez: Por onde começar? Conheço Dirk Niepoort há mais de 25 anos e acompanhei os seus vinhos ao longo dos anos. Ele não para. A sua empresa cresceu de forma impressionante. Desde 2018, os vinhos tranquilos atingiram um novo patamar (estão sempre evoluindo, e mencionam 2013 e 2021 como outros anos de mudança), com a chegada do enólogo Luis Pedro Cândido da Silva e da nova geração da família Niepoort, especialmente o filho Daniel, que se juntou à equipe em 2020. Eles não produzem apenas vinhos no Douro, mas hoje atuam em diversas regiões de Portugal—Dão, Alentejo, Vinho Verde, Bairrada...

O estilo é elegante, mas eles querem que os vinhos envelheçam bem na garrafa, por isso o foco é equilíbrio. Algumas vinhas e vinhos são certificados como orgânicos desde 2008. Todas as vinhas próprias são certificadas orgânicas, mas algumas das uvas compradas não. Daniel Niepoort, que agora está muito mais focado nas vinhas, disse-me que a viticultura orgânica é essencial para ele, mas que os produtores também são importantes. Eles querem manter o relacionamento com os viticultores e serem um modelo para mostrar que o cultivo orgânico é possível, convencendo-os pelo exemplo.

Em 2022, houve somente 202 litros de chuva (um pouco menos que em 2003!), mas as vinhas se adaptaram à pouca água, e os rendimentos foram melhores do que o esperado. Choveu um pouco durante a colheita e houve alguns problemas com fungos. Foi uma das safras mais dramáticas da viticultura, e algumas plantas morreram. Mas 2022 foi excelente para o Vinho do Porto. Já 2021 foi um grande ano para vinhos secos (mas não para Porto), com reservas de água suficientes no solo. Eles consideram que foi um ano agrícola perfeito, com bons rendimentos, primavera e verão amenos, um ciclo mais longo e maturação perfeita das uvas. Pode ser comparado a 2018, 2008 e 2001—anos mais frescos, com maior acidez. 2020 foi quente e seco, então as uvas estavam mais saudáveis, mas foi a safra da COVID-19, o que criou alguns problemas nos vinhedos; tudo foi estranho naquele ano. Quanto a 2023, embora ainda seja cedo para afirmar, foi um ano excelente no Douro—para Luis Pedro, o melhor que ele já viu na região.