Almaviva 2021

James Suckling: Um Almaviva fresco e discreto, com sutis aromas de raspas de lápis e caixa de charuto, acompanhados por cassis e toques de chocolate com pimenta e hortelã. “Nuances” e subtilezas no nariz. De corpo médio, também é subtil no paladar, com taninos sedosos e um final perfeitamente integrado. Muito longo. Composição: 71% cabernet sauvignon, 22% carmenere, 5% cabernet franc e 2% petit verdot. Já é possível apreciá-lo agora, mas levará tempo para atingir toda a sua complexidade.

The Wine Advocate: 2021 foi um ano geralmente mais fresco do que 2020, resultando em vinhos mais elegantes, com maior requinte e taninos menos angulares. O refinado Almaviva 2021 é um bom exemplo disso, ainda muito jovem e marcado pelo estágio em carvalho, após passar 20 meses em barricas de carvalho francês, 71% novas e o restante de segundo uso. O blend final foi composto por 71% de Cabernet Sauvignon, 22% de Carmenere (de Peumo), 5% de Cabernet Franc e 2% de Petit Verdot – variedade que pode ganhar maior proporção no futuro, já que plantaram mais dela para possivelmente substituir o Merlot a médio ou longo prazo. Não é um vinho tímido, atingindo 15% de álcool, com acidez suave (4,65 gramas de ácido tartárico) e pH de 3,81. A fruta é escura, madura e picante, sem traços verdes; é um pouco retraído, menos expressivo do que os anos mais quentes no início, mas com potencial para evoluir na garrafa. Os taninos continuam presentes, e deve se beneficiar de mais tempo em garrafa. O 2019 tinha mais volume que o 2018, e o 2020 se aproxima mais do 2019 do que do 2018. Foram produzidas 200.000 garrafas, engarrafadas entre o final de janeiro e o início de fevereiro de 2023. Provei este junto ao 2020 e ao 2018; está mais próximo deste último, mas o 2021 é mais elegante, enquanto o 2018 é um pouco mais austero e herbal.